Jesus Cristo Abençoai Lagoa da Prata

Banner da Planta Oficial do Município de Lagoa da Prata 2018 Extensão 438 Km2

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Nos 80 Anos de Lagoa da Prata Comemoramos 14 Anos da Criação de Nosso Plano Diretor


Quando paramos para observar atentamente uma paisagem, intuitivamente temos impressão de estar olhando um quadro que registrou o tempo em cores. Porém, um olhar mais analítico compreende como o homem se relaciona com a natureza e as mudanças que vão acontecendo no ambiente pela ação do seu comportamento. As transformações paisagísticas e urbanísticas em Lagoa da Prata acontecem, felizmente, com bastante ponderação. Somos uma cidade que possui um Plano Diretor, com normas e diretrizes para que o município cresça ordenadamente. Além disso, sempre houve pessoas na defesa da nossa geografia e do nosso meio ambiente – gratificante vê-las ávidas por preservar as riquezas que possuímos. 



Carlos Brasil Guadalupe, o Lalinho, é um desses defensores que tem uma longa e estreita ligação com o planejamento urbanístico de Lagoa da Prata. Arquiteto e urbanista há quase quarenta anos, ele é membro atuante dos conselhos municipais de Meio Ambiente (Codema) e da Cidade (Concidade). Pode-se dizer que o gosto por urbanismo está no sangue, pois Lalinho é neto do agrimensor Luiz Guadalupe, responsável pelo traçado das ruas da nossa cidade. O arquiteto diz que o costume de ‘brigar’ para evitar distorções no planejamento urbanístico já vem daquela época. 

“Quando meu avô veio para cá, já tinha a praça da Matriz, e ele ficava vigiando para ninguém fazer nada fora do traçado das ruas”, conta. Em 2004, quando criaram o Plano Diretor da cidade, Lalinho foi peça fundamental para estruturar as normas. Ele mobilizava os habitantes da cidade, principalmente engenheiros e arquitetos, para reuniões e discussões, e é reconhecido como a pessoa que mais se empenhou nos trabalhos. E o empenho continua até os dias atuais.










Engenheiro Urbanista Lalinho 
Até hoje Lalinho acompanha tudo nesta área para que as normas sejam cumpridas, e para que as adaptações necessárias sejam feitas. Há quem pense que ele é político, ou que tem algum salário para trabalhar assim. Mas é a paixão pela cidade que o move nesta luta. O Plano Diretor é uma grande conquista e de um valor enorme para a cidade. Foi desenvolvido durante o mandato do prefeito Zezinho (José Octaviano Zezinho Ribeiro), e implantado em seguida no mandato do Divininho (Antônio Divino de Miranda).
Naquela época do Zezinho surgiu o Ministério das Cidades recomendando que todos os municípios com mais de 20 mil habitantes elaborassem seus planos, pois, praticamente, somente as metrópoles possuíam essas diretrizes. Mesmo com a orientação, ainda é grande o número de cidades que não as possuem. “Há pouco tempo mudou-se para cá um engenheiro e ele conta para os amigos dele, em Belo Horizonte, que está morando numa cidadezinha de 50 mil habitantes que tem Plano Diretor, coleta seletiva, aterro sanitário e tratamento de esgoto. E então os amigos dele ficam doidos para conhecer Lagoa da Prata”, conta Lalinho.
A situação demonstra na prática o benefício de se planejar o crescimento da cidade. “O Plano Diretor pode ser considerado um marco para o urbanismo da nossa cidade, principalmente porque definimos como deveriam ser os loteamentos. Antes podia lotear com a simples abertura de ruas, água, luz e rede de esgotos. Mas nós passamos a exigir meio fio, ramais, pavimentação, praça e área verde”, diz Lalinho, e acrescenta: “Quem trabalha na prefeitura e vai fiscalizar, agora tem um manual. Facilitou! Não é nada da cabeça do fiscal para dizer o que é certo ou errado, está tudo escrito neste manual, que é o Plano Diretor”
Direitos Autorais Jornal Cidade


Matéria extraida do Daprata Casas -Foto: Luis Paulo Silva




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